O incerto do certo

Volto aqui com a intensao de jorrar o que há em mim. O pensamento nao se acalma. Procura voce a todo momento. Todo lugar, tudo tem um pouco do que já foi um dia. Quando dizem que amor e odio sao primos e moram um ao lado do outro, se completando, nao erraram. Eu te odeio, muuuuito. Por nao estar aqui na hora certa, por nao ser quem eu queria que fosse na hora certo. Por me fazer sonhar, e nao realizar. Por me fazer querer e não ter. Esquecer que posso ter, e posso ser. Te odeio mais ainda por nao ter me esquecido e assim eu nao te esqueço. Te odeio tanto que acho que te amo. Mas amor? Amor é querer perto, e não longe. É estranho. As coisas mudam o tempo todo. A anos estavamos aqui, nesse mesmo lugar, nessa mesma hora. Juntos. Eu com frio na barriga, sonhando. Agora, voce ai, eu aqui, e mais nada. Não há mais nada. O amor nao foi suficiente. Ele nao enxe barriga, nao mata fome, nao sacia desejo. Ah como eu queria que tudo tivesse dado certo. Se não tivesse dado errado nós nao estariamos onde estamos. Eu te prendendo, voce me predendo. Amor nao é prender. Amor é libertar. Eu sinto muito, muito mesmo. Por pensar em voce todo dia mas mesmo assim nao querer de volta.

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