Metamorfoses

Então chega o dia em que você vai à balada... e não quer ser incomodada, não quer conversar, não quer beijar. Então chega o dia em que você percebe que pode dizer não, que não precisa mais aceitar as coisas que te incomodam. Percebe que você é dona do seu corpo, alma e coração. Então você percebe que a metamorfose aconteceu enquanto você dormia e acordava, todos os dias, devagar e sempre... a todo instante.
Então chega o dia em que você muda de curso, escolhe fazer aquilo que te faz chorar de alegria. Mas ninguém te contou o quanto mudar pode ser doloroso e desafiador.
Mudar significa abandonar a si mesmo. Abandonar quem eu era, para abraçar quem eu sou nesta fração de segundo que acabou de passar.
Mudar dói, da vontade de desistir e voltar para aquela velha caminhada vazia em busca de algo que não iria se alcançar com felicidade. É enxergar que o caminho do outro é diferente do seu, que a grama do vizinho é mais verde, mas só para ele. É aceitar a possibilidade de erro e mesmo assim se arriscar, é mudar de ideia de novo, e de novo, e mais uma vez. É não dormir de noite tentando entender o que esta sentindo, o que esta acontecendo comigo?
Depois de tombos, tropeços, pessoas, cachorros... você quer você. Apenas.
A metamorfose vem de dentro para fora, não se percebe e não se sente. Até que chega o dia de bater asas e voar para longe...


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